quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Melhores álbuns de 2014

Nunca foi tão fácil compilar minha listinha de "melhores do ano". Em anos anteriores eu sempre dava uma certa enchida de linguiça nas últimas posições. Não que eu não gostasse daqueles álbuns, mas em geral sempre acabo gostando de verdade mesmo de uns 5 ou 6, ficando uns dez lançamentos empatados por volta da 5ª e a 15ª posição.  
Neste ano não, aqui estão dez lançamentos que adorei acima de qualquer outro durante o 2014. Vamos lá:

10. Death from Above 1979 - The Physical World


Quando uma banda fica tanto tempo sem lançar material novo (no caso destes canadenses foram exatos 10 anos) os medos são dois, e opostos: mudar muito ou fazer demasiadamente igual ao que já foi feito. Por sorte o DFA1979 conseguiu ficar num meio termo, soando como se The Physical World tivesse saído na cola de You're a woman, I'm a machine. O som está um pouco mais lento e polido do que o cd de estreia, mas nunca deixa a peteca cair. Punk-dance-pop-indie-metal (sim, dá pra escutar todas essas influências) de primeira. 


9. Band of Skulls - Himalayan



Quando descobri a Band of Skulls eles ainda estavam no primeiro álbum, o incrível Baby Darling Doll Face Honey. O rock basicão que os caveiras tocavam era simples, bem-feito e totalmente empolgante. Até hoje escuto muito, do começo ao fim.
Aí veio o segundo, Sweet Sour, uma verdadeira brochada. Apesar de duas ou três músicas mais interessantes, a banda passou longe da qualidade da estreia. Comecei a achar que o debut tinha sido mais sorte do que talento da banda.
Parece que estava errado, este Himalayan é divertidíssimo.


8. Wolfmother - New Crown



Sempre gostei do Wolfmother. Seu vocalista Andrew Stockdale é uma espécie de mistura de Page e Plant em uma só pessoa (guardadas as devidas proporções, claro) e só por isso já se deve respeito à banda. Entretanto, em seus dois álbuns anteriores eu sempre achava que faltava alguma coisa. Sabe quando a banda é bem legal mais falta um "quê"? Então, não sei exatamente o que era, mas o "quê" não falta mais. New Crown é o melhor cd dos caras até agora. Espero que ainda cresçam bastante, precisamos de bandas assim no mundo.

7. Behemoth - The Satanist


Fazia tempo que eu não ficava tão fascinado por um novo cd de som pesado assim. Me parecia que tudo de bom que podia ser feito com música extrema já havia sido feito. Aliás, black metal era um tipo de som que há tempos passava longe dos meus fones. The Satanist é tão intenso que me fez interessado no estilo novamente. É impressionante como Nergal e sua horda conseguem soar melódicos e brutais ao mesmo tempo.

6. Alt-J - This is All Yours


O nome da banda é tosco, os caras tem jeitão de nerd criado com a vó, os hipsters adoram... Nem sei como acabei ouvindo, mas o fato é que a música inclassificável da banda é incrível. Cheio de camadas e sensações, o cd é uma viagem do começo ao fim. Som maluco e bonito.


5. Mastodon - Once More 'Round the Sun


 A banda de metal do século XXI. Até agora seis álbuns de estúdio e todos excelentes. Once More 'Round the Sun continua na pegada mais "pop" do cd anterior, The Hunter, embora, na minha opinião, este seja um pouquinho inferior. Ainda assim, o "pouco inferior" do Mastodon é muito superior do que quase todas as bandas de metal estão fazendo por aí.

4. Morrissey - World Peace is None of Your Business


Big mouth strikes again! Além de ser um álbum ótimo do ponto de vista da sonoridade; modernizando e incrementando o som do The Smiths com uma gama maior de influências, como o flamenco; este é o cd da lista com as melhores letras, de longe.
Gosto muito de todas as músicas, mas acho que Kiss me a lot tem tudo para ser um novo clássico do Moz.


3. Rival Sons - Great Western Valkyrie



A descoberta do ano! Fazia tempo que ouvia falar dos caras interwebs afora, mas nunca tinha dado bola. Por algum motivo eu achava que eles eram prog metal e por isso passava longe. 
Ouvi este Great Western Valkyrie e de cara percebi que estava diante da minha "nova banda preferida". Que coisa sensacional! Os caras bebem forte da fonte do rock clássico, principalmente The Doors e Led Zeppelin, mas criando músicas com identidade própria. Soa vintage e novo ao mesmo tempo. E esse tal de Jay Buchanan é fácil o melhor vocalista de rock da atualidade. Pqp o que esse cara canta!

2. Jack White - Lazaretto



 Se tem que merece respeito no mundo do rock hoje em dia, essa pessoa é o Jack White. O cara entende muito de música, produz, revela bandas novas, traz do limbo artistas esquecidos/pouco conhecidos e o melhor de tudo, é excelente músico e compositor acima da média. 
Em Lazaretto ele continua expandindo cada vez mais seus limites e agora engloba também um pouco de country em suas músicas, além do rock, do soul e do blues já característicos. O resultado, como sempre, é um conjunto de canções criativas e com feeling, utilizando inúmeras referências e conseguindo mistura-las de forma orgânica e fluida. Em uma das melhores, Would you fight for my love, ele consegue colocar junto rock, pop, blues e algo que parece saido de uma trilha de spaghetti western.
Jack White é hoje essencial no cena musical, conseguindo levar seu rock autêntico à um público abrangente que vai desde o pessoal mais underground até o "roqueiro universitário", que só ouve o que toca em FMs. 

1. Robert Plant - lullaby and... The Ceaseless Roar


 Enquanto outros artistas ficam vivendo de passado, o deus dourado não para de evoluir. Já discorri apaixonadamente sobre seus quatro álbuns anteriores e lullabies.. and The Ceaseless Roar não fica nem um pouco atrás. Eu só não solto um "melhor álbum da carreira solo de Plant" porque  fico com medo de estar cometendo uma injustiça colocando apenas um de seus últimos cds em destaque. 
Não procure aqui por um Led Zeppelin cover. A pegada da vez é uma mistureba de folk, música africana, blues, trip hop e uma infinidade de referências. Coisa de gênio.


Bônus: Melhores álbuns de outros anos que só descobri em 2014


Rival Sons - Head Down (2012): Como eu disse acima, só agora fui ouvir o Rival Sons. E seu melhor álbum é este Head Down. Não tem nenhuma faixa menos do que fenomenal neste trabalho. Coisa de gente grande, de quem com o tempo vai ser considerado um novo clássico.

Jack White - Blunderbuss (2012): 


E 2012 não quer acabar! Quando fiz a lista daquele ano já sabia estar defronte à uma safra diferenciada. E desde então descobri vários outros lançamentos incríveis que naquele momento não ouvi. Blunderbuss tem uma história um pouco diferente desta. Ouvi assim que saiu, mas na época estava tão maravilhado com tanta coisa boa que estava saindo que acabei não dando a atenção devida ao trabalho. Devo ter ouvido só umas duas vezes na época. Mas agora, influenciado pelo Lazaretto, resolvi dar uma nova chance ao álbum. Ainda bem! É tão bom, ou, quem sabe, até pouco melhor do que Lazaretto. Vida longa ao rei White!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ode ao melhor álbum de rock da história: Led Zeppelin IV


Ok, racionalmente a gente sabe que não existe A mulher mais bonita do mundo, O melhor jogador de futebol de todos os tempos, O melhor sorvete de milho verde de todos os tempos. Tudo é muito relativo e pessoal e essas escolhas acabam sendo mais simbólicas do que qualquer outra coisa.
Pensando nisso, esses dias resolvi decidir qual o melhor disco de rock EVER.
Novamente: é claro que isso não existe. Por aí você encontra toneladas de álbuns incríveis. Mas encuquei, qual seria pra mim aquele que deveria ser eternizado como grande obra prima do gênero?
Primeiro pensei sobre a banda que o teria gravado. Poderia ter sido os Beatles... claro! Seria uma excelente escolha. Mas na minha opinião eles estavam mais para pop rock. Quem então? Stones? Queen? Hendrix? Guns? Creedence? Doors? Ou talvez algo um pouco mais obscuro como Blue Cheer ou The Kinks? 
Qualquer um desses fez grandes músicas e álbuns mas, na minha opinião, ninguém na história foi mais rock'n'roll do que o Led Zeppelin. O Led é a própria definição de uma banda de rock. O baterista animalesco, o baixista caladão e enigmático, o guitarrista virtuoso e o vocalista histérico e hipnótico.
Em seguida escolhi o álbum. O Led tem pelo menos uns 5 ou 6 álbuns que poderiam ser O melhor, mas acho que o inevitável foi selecionar o IV. Ele tem pelo menos 3 super clássicos da história da música e não há nenhum segundo de faixa nenhuma que seja menos do que genial. 

O disco/LP/Fita K7/MP3/whatever começa com Black Dog. Black Dog, cara! Síntese perfeita de um riff e andamento blues com uma pegada mais selvagem do rock pesado. Eu entendo essa faixa como um Led Zeppelin goes Black Sabbath. É assim que soa quando Page e Plant fazem uma música nos moldes de Ozzy e Iommi. Black Dog é a Iron Man do Led.

"Rock'n'roll" não poderia ter um nome melhor. A faixa é praticamente um tratado sobre o estilo. Está tudo lá, a cozinha pesada, os riffs pegajosos, a melodia... Se um dia chegar alguém de Marte e te pedir pra resumir o que é rock'n'roll em menos de 4 minutos é só mostrar essa música pro sujeito.

O Led enjoou de fazer baladas lindas, mas na minha opinião The Batle for Evermore foi a melhor. Eu fico meio em transe ouvindo essa faixa. A harmonia entre os vocais do Robert Plant e da cantora Sandy Denny com o bandolin é uma coisa incrível.

Ok, você já enjoou de ouvir "Stairway to Heaven". Todos nós enjoamos. Porém, coloque seu fone de ouvido, respire fundo, feche os olhos e a escute mais uma vez, com bastante atenção. Taí uma música que poderia ser o Hino do planeta Terra. Ou ela, ou Bohemian Rapsody. Uma das duas (quem sabe as duas?). Até hoje me arrepio quando entra a bateria na música. Uma beleza brutal.

Vamos para o lado B. Misty Montain Hop e Four Sticks são provavelmente as faixas menos conhecidas do trabalho. Entretanto, isso nem de longe quer dizer que sejam fracas. Se estivessem em qualquer outro cd seriam super clássicos. Qualquer banda que conseguisse gravar músicas deste calibre hoje em dia já seria alçada à condição de genial na mesma hora. É neste momento, em que você percebe que o "momento obscuro" de um disco são músicas absolutamente perfeitas, em que chega a consciência de que IV não é só mais um disco de rock.

Depois de ouvir duas baladas incríveis no mesmo LP, o ouvinte poderia achar que a banda não se arriscaria a fazer mais uma. Mas aí começa Going to California e você percebe que a criatividade estava longe de acabar. Delicada e maravilhosa, é outra faixa que te faz ir longe, mesmo estando parado. Eu, sempre que a escuto, me imagino dirigindo à beira mar num dia ensolarado. 

When the Levee Breaks é o fechamento épico perfeito para o disco. Isso é que é bateria pesada, mermão! Aliás, isso é que é música pesada! Só imagino como seria ouvi-la ao vivo, com Bonham cacetando sua bateria ali na sua frente. Devia ser um massacre. É possível ouvir essa música sem balançar a cabeça ao seu ritmo? Taí um caso pros Myth Busters.


Bom, é isso. Na minha opinião esse foi o supra sumo do rock. E na sua? Deixe aí nos coments.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ghost - HSBC Brasil (05/09/2014)

Se você me conhece, ou já leu meus textos por aqui, sabe que sou fascinado pelo Ghost. Acho que poucos grupos hoje (se é que algum) são tão divertidos quanto os suecos. Enquanto o metal foi ficando cada vez mais técnico, sério e pesado, os caras voltaram as raízes, na contra-mão de praticamente todas as bandas do estilo, tocando músicas bem mais simples, diretas e melódicas, com letras tão escrachadamente satânicas que fica muito difícil serem levadas à sério (o que é ótimo).

Para mim, a banda está para a música como os antigos filmes de terror da produtora Hammer estão para o cinema. Aquela aura de castelo empoeirado, de cenários de papelão, de atuações canastríssimas... e de diversão pura. O Papa Emeritus II é o Vincent Price do heavy metal.
Sua discografia até o momento, dois álbuns e um EP de covers, são incríveis. Na minha opinião o Ghost, até agora, está invicto, sem lançar uma música chata que seja.
Pois bem, mas banda boa de verdade é aquela que convence ao vivo. Já me decepcionei tanto com algumas bandas ao ver seus shows que até parei de gostar de seus cds (System of a Down, Marilyn Manson, Pixies...). Por sorte, com o Ghost aconteceu justamente o contrário.
O HSBC Brasil estava com bom público, cheio mas não lotado. Entretanto, quem estava lá cantou e pulou com todas as forças. A entrega da banda e do público foram totais. Um momento particularmente interessante foi quando a banda saiu do palco antes do bis. Todo o público começou a cantar o refrão da Ghuleh/Zombie Queen. Eu nunca tinha visto nada parecido!
Os músicos, mesmo estando completamente encapuzados, tem uma presença de palco incrível, especialmente o guitarrista solo. O Papa é uma figura incrível. Domina as ações com sua figura tétrica misturado com palavras suaves e um jeito até... doce.
Em tempos onde o conservadorismo e a teocracia falam cada vez mais forte, foi lindo estar junto de mais de 3000 pessoas gritando a plenos pulmões "LUCIFEEEEER!"

Setlist:

  1. Infestissumam 
  2. Per Aspera ad Inferi 
  3. Ritual 
  4. Prime Mover 
  5. Secular Haze 
  6. Satan Prayer 
  7. Con Clavi Con Dio 
  8. Elizabeth 
  9. Body and Blood 
  10. Death Knell 
  11. Here Comes the Sun 
    (The Beatles cover)
  12. Stand by Him 
  13. Genesis 
  14. Year Zero 
  15. If You Have Ghosts 
    (Roky Erickson cover)
  16. Encore:
  17. Ghuleh/Zombie Queen 
  18. Monstrance Clock 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Listas antigas

Todo mundo sabe que adoro listas dos "melhores do ano" e que lá por dezembro sempre costumo soltar a minha. Por curiosidade, garimpei nos meus emails e encontrei todas que fiz até hj. A loucura começou em 2003. Trago aqui todas que fiz até o momento.


2003
1 - Nevermore - Enemies of Reality 
2 - Type O Negative - Life is Killing Me

Entre 1998 e 2003 o Nevermore era minha banda preferida, por isso nada mais natural que seu lançamento fosse o que mais me chamasse a atenção na época. Hoje acho que o Enemies of Reality foi o primeiro cd da derrocada da banda. Ainda que possuísse boas músicas, já mostrava que o auge criativo dos caras havia passado. Depois disso nunca mais lançaram um cd legal e, pra falar a verdade, faz muito tempo que não escuto nada deles. Não tenho mais paciência para esse tipo de som.

2004 
Na época eu disse que não houve nenhum grande destaque e que esses empataram:
Fear Factory - Archetype
In Flames - Soundtrack for your Scape
Rammstein - Reise, Reise
Cradle of Filth - Nymphetamine
Korzus - Ties of Blood
The Haunted - rEVOLVEr
Megadeth - The System has Failed

Desses todos o único que ainda gosto/ouço é o Reise, Reise. Os demais albuns faz anos que não chegam nem perto dos meus fones de ouvido. Megadeth, às vezes, me dá saudade, mas escuto só entre o Countdown to Extinction e o Cryptic Writings.
Se eu fizesse uma lista de melhores de 2004 hoje, não tenho dúvidas de que cravaria o You're a woman, I'm a Machine do Death from Above 1979 em primeiro. Discaço!

2005
1 - System of a Down - Mezmerise
2 - System of a Down - Hypnotise

3 - Rammstein - Rosenrot

Ainda que eu tenha odiado tanto o show do SOAD que veria em 2011 a ponto de nunca mais ouvir os caras, não posso deixar de reconhecer a fenomenal carreira desta banda, de longe a melhor do chamado "new metal" (mesmo que eu ache que ela pouco tenha a ver com suas contemporâneas para merecer tal rótulo). 
Entretanto, os álbuns de 2005 que mais ouço até hoje são o Lullabies to Paralyse do QotSA e o Mighty Rearrenger, da carreira solo do Robert Plant.

2006
Não votei em nenhum. Disse que foi um ano fraco.
Mas houve pelo menos um grande cd naquele ano, o Blood Mountain do Mastodon, que só fui ouvir em 2009, quando conheci o grupo.

2007
1 - Arctic Monkeys - Favorite Worst Nightmare 
2 - Queens of the Stone Age - Era Vulgaris 

3 - She Wants Revenge - This is Forever 

Aqui já dá pra ver que comecei a abandonar minha ideologia "metal will never die", abrindo espaço nos meus gostos para outros tipos de música. Neste ano, em específico, eu estava numa onda indie rock.
Gosto muito dos 3 álbuns até hoje.

2008
1 - AC/DC - Black Ice
2 - Metallica - Death Magnetic
3 - Ladytron - Velocifero

O Death Magnetic foi fogo de palha. O cd não resistiu nada à prova do tempo. Hoje em dia mal lembro o nome das músicas. Os demais não saíram das minhas playlists até hoje.

2009
1 - Them Crooked Vultures -Them Crooked Vultures
2 - Alice in Chains - Black gives way to blues
3 - Mastodon - Crack the Skye

2009 foi uma grande safra! Além desses três ótimos álbuns, ainda houveram outros que não paro de ouvir nunca, como o Blue Record do Baroness e o Baby Darling Doll Face Honey do Band of Skulls (que só conheci em anos seguintes).

2010
1 - Robert Plant - Band of Joy 
2 - Ozzy - Scream 
3 - Massive Attack - Heligoland

Eu nem lembrava desse álbum do Ozzy! Hoje trocaria fácil o Scream pelo debut do Ghost dentre os preferidos de 2010.

2011
1 - Black Keys - El Camino
2 - Foo Fighters -  Wasting Light
3 - Seasick Steve - You can't teach an old dog new tricks

Os três são ótimos cds e ainda adoro e ouço muito a todos, mas se fizesse a lista hoje, não poderia faltar o incrível Head Down do Rival Sons.

As listas dos dois últimos anos você pode ver aqui e aqui.  Na lista de 2012, hoje, eu deixaria o grande Locked Down do Dr John (que eu só ouvi em 2013) em segundo, empurrando o do Mark Lanegan para terceiro, mas trazendo o do Graveyard em quarto (este foi um álbum que só foi crescendo com o tempo). Amo esses quatro cds!
Já a de 2013 se mantém intacta. Por enquanto!

E você, mudou muito seus gostos durante os 10 últimos anos?


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

TOP 2013

Qual a finalidade de se fazer essas listas? Bem, não posso responder por outras pessoas, mas para mim é porque acho divertido pensar sobre tudo o que vi, li e ouvi durante o ano.
Melhor ainda é ler a lista de outras pessoas. Dá pra descobrir um montão de coisas bacanas que deixamos passar em branco, por um motivo ou outro (em geral desconhecimento mesmo).
Sem mais delongas, aí vai meu TOP 2013:

10. Black Angels - Indigo Meadow: Explodiu minha mente desde os primeiros segundos de audição. Ótima mistura de surf music com garage rock e uma boa dose de psicodelia, além de deliciosas referências ao The Doors. Eu já havia ouvido outros álbuns dos caras e até presenciado um show deles. Sempre gostei da banda, mas esse foi de longe o álbum que mais me cativou.

9. Vista Chino - Peace: Pra quem não sabe, o Vista Chino é o Kyuss sem o Josh Homme. Antes do lançamento do cd ouvi por aí que "Kyuss sem Josh é o mesmo que o Sabbath sem o Iommi". Faz sentido. Porém, o guitarrista Bruno Fevery deve ser um clone do líder do Queens. Os riffs, solos, timbres e tudo mais que saem de sua guitarra parecem ter sido gravadas por Homme nos anos 90. Claro, eu sou contra cópias, acho que banda boa, em regra, é banda original. Mas quem mais poderia copiar o Kyuss senão o próprio Kyuss (ou pelo menos 3/4 dele)?
Fato é que Peace é um cd inteligente. Conseguiu resgatar toda a essência da banda, sem cair no auto-plágio descarado. Soa como se tivesse sido gravado pela banda original e saído 2 ou 3 anos depois do ...And the circus leave the Town. É fantástico? Será um clássico como Blues for the Red Sun e Welcome to Sky Valley? Certamente não. Mas mantém o legado do Kyuss intacto, ainda que com outro nome.


8. Seasick Steve - Hubcap Music: Ah, o véio mendigo! Este é seu álbum mais roqueiro até agora. Provavelmente por contar com ninguém menos do que John Paul Jones no baixo. Nenhuma dessas músicas é o cúmulo da criatividade e Hubcap Music não vai mudar o mundo, porém a pegada dele é tão honesta e tão empolgante que não tem como não amar.




7. Jimi Hendrix - People, Hell and Angels: Não há mais o que se falar do mestre da guitarra. O impressionante é que "míseras" sobras de estúdio dele sejam tão sensacionais. People, Hell and Angels é uma lição de rock, blues e soul. 



6. Arctic Monkeys - AM: Já longe da época de "sensação da internet" os Monkeys (donos de um dos nomes de banda mais idiotas que já ouvi) lançaram esse ano seu álbum mais sóbrio e equilibrado (isso não quer dizer que eu tenha achado o melhor deles, meu favorito ainda é o Favorite Worst Nightmare). Não gostei de todas as músicas, na metade o cd fica um pouco irregular, entretanto, as músicas que são boas, são boas mesmo. 

5. Deep Purple - Now what: Todo mundo na ansiedade pelo Black Sabbath e o Deep Purple correu por fora e lançou o melhor álbum de banda clássica do ano. Na minha modesta opinião, é o melhor desde que Steve Morse entrou na banda, o primeiro, desde então, que eu colocaria ao lado de outros grandes cds (lps, aliás) que os caras já gravaram. Um dos grandes destaques é o tecladista Don Airey. O cara, mesmo substituindo ninguém menos do que John Lord, não se intimidou e matou a pau. Não só ele, é claro, a banda inteira está afiadíssima e conseguiram fazer uma sucessão de riffs, solos e melodias com a propriedade de quem é uma lenda viva do rock.


4. Nick Cave & The Bad Seeds - Push the Sky Away: Lento quase parando, denso, pesado (no sentido de clima, não no de guitarras), intenso, depressivo, lindo. O álbum é um pacote de emoções. Não tem como ficar impassível ouvindo belíssimas composições como Water's Edge, Jubilee Street ou Higgs Bóson Blues.













3. David Bowie - The Next Day: Esse surpreendeu todo mundo. A gente achando que o Bowie tinha se aposentado e ele vem e lança essa pérola. O álbum parece até uma coletânea, já que tem tantas músicas tão boas, cada uma ecoando uma fase do camaleão. É aquele tipo de trabalho tão bem feito e detalhado que o ouvinte descobre uma coisa nova cada vez que o escuta. Coisa linda. 













2. Ben Harper and Charlie Musselwhite - Get Up!: Uma pequena obra de arte. Não conheço muito do Ben Harper e, admito, menos ainda do Charlie. Por acaso acabei assistindo à apresentação da dupla no Rock in Rio neste ano e meu queixo caiu. O blues e o rock praticado pela dupla em Get Up! é algo acima do normal. Tudo na medida, som redondinho, simples e poderoso, feeling em níveis estratosféricos.  Tudo que um bom cd do gênero pede.














1. Ghost - Infestissumam - Redux: Se eu colocasse outro álbum em primeiro lugar não estaria sendo honesto comigo mesmo. Não, eu não acho que Infestissumam é o mais criativo ou inovador lançamento do ano, há outros nessa lista mesmo que estão muito a frente dele nestes e em uma série de outros quesitos. Porém, o que é curtir música? Em primeiro lugar (ao menos pra mim) é diversão. E ninguém me divertiu mais em 2013 do que o Ghost. Adoro tudo sobre a banda. O "mistério", o satanismo de botequim, o figurino, os videos... e principalmente, claro, a música.  Consigo, ao ouvir os suecos, sentir toda a rebeldia adolescente do heavy metal fluindo pelo meu corpo. O som da banda, já saudosista por definição, me traz uma série de recordações e sentimentos bons da época que eu usava preto da cabeça aos pés, mesmo que estivesse fazendo 40ºC à sombra. A medalha de ouro vai, sem dúvidas, pra esse cd.
Coloquei aqui a versão redux já que ela inclui os maravilhosos covers que também não saíram do meu mp3 player durante o ano.


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Alguns P.S.:
1- Não, não tem Black SabbathAlice in ChainsQueens of the Stone Age e outros medalhões. É simples, tem 10 (ou mais) álbuns que gostei mais do que esses. 

2- Quase lá: a disputa para entrar na lista foi grande. Em décimo também poderiam também ter sido os novos do Motorhead (provavelmente a unica banda do mundo com tanto tempo de estrada que nunca decepcionou), do Paul McCartney, do Deafheaven, do Cult of Luna... foi um ano com muita coisa legal.

3- Os melhores álbuns de outros anos que só descobri em 2014 foram o Locked Down do Dr. John (de 2012) e o auto-intitulado do Fever Ray (de 2009). Se lançados este ano, ambos teriam entrado facilmente no meu top 10 e o Locked Down disputaria o primeiro lugar com o cd do Ghost (e se eu refizesse a lista do ano passado ele ficaria em segundo).

Black Sabbath - 13 (2013)

"Desde que saí do Sabbath, diversos grandes músicos passaram pela banda. Mas ninguém toca o Sabbath como o Sabbath." disse Ozzy Osbourne em uma entrevista. Nada poderia estar mais certo. Com todo respeito à quem curte mais alguma outra fase da banda, o Black Sabbath original é que foi a banda que vai ficar na história. Com a formação Ozzy, Geezer, Ward e Iommi a banda lançou dezenas de clássicos imortais, redefiniu padrões e deu bases para a fundação de inúmeros estilos da música pesada. Em outros momentos o BS foi uma boa banda de heavy metal, mas foi com esse quatro garotos de Birminghan tocando seu blues pesado que o grupo fez suas obras primas. 

Geezer, Ozzy e Iommi
Podemos analisar 13 de três formas: é uma qualidade incrível para uma banda que não fazia nada junta desde 1978. Ou, ainda: é um trabalho morno para quem já lançou álbuns como o Master of Reality e Vol 4. Não à toa tenho visto dois tipos de reação ao trabalho, gente o descrevendo como a oitava maravilha do mundo, enquanto outros o massacram. Por fim, podemos analisar o álbum como se fosse o primeiro álbum de um novo grupo. Nesse caso, qual seria a reação da crítica e do público, teria tanta gente empolgada assim? Acho que dá pra chegar à um meio termo entre essas análises. 

Na primeira análise, se levarmos em conta o tempo desde a última vez que os 3 músicos estiveram em estúdio juntos o álbum pode ser considerado um sucesso. Claro que (provavelmente)  não tem nenhuma música que vai figurar no olimpo do rock juntamente com Iron Man ou Sabbath Bloody Sabbath, entretanto o grupo aproveitou muito bem a oportunidade e este é um (provável) fechamento de discografia muito mais digno do que os fraquíssimos Technical Ecstasy e Never Say Die. Se não vai ocupar o mesmo lugar de honra na história do rock que os quatro ou seis primeiros discos dos caras, ao menos 13 traz um bom conjunto de canções. Boas suficiente para ser o melhor álbum dos caras desde Heaven and Hell, de 1980, talvez o único sem a formação clássica que seja digno de nota.
Brad Wilk

Já a comparação direta com os clássicos é até injusta. O Black Sabbath dos anos 70 está dentre as mais geniais e influentes bandas de rock da história. A saída foi o auto-plágio. Desta forma, a escolha do produtor Rick Rubin foi acertada. Dá pra dizer que o cd está para os ingleses como o Death Magnetic está para o Metallica. Um monte de ideias usadas nos seus tempos áureos recicladas. Ou vai dizer que o começo e a estrutura de End of the Beginning (e mesmo de God is Dead?) não é idêntica à música que nomeia o grupo? E o que seria Zeitgeist se não uma Planet Caravan parte 2? Faça um exercício, tente cantar a letra de NIB enquanto ouve Loner. A faixa nada mais é do que uma irmã mais nova do clássico. Usando um pouco, bem pouco, de imaginação, é possível encontrar ecos do passado em todas as faixas. Por sorte este trabalho tem mais fôlego do que aquele dos americanos. As músicas soam mais como grandes homenagens do que como marmita requentada. Aliás, não entendo o porquê God is Dead? ter sido o primeiro single. É facilmente a faixa mais fraca do álbum. Apesar de seguir a cartilha da banda em seu ritmo arrastado, ela me soa mais tediosa do que tenebrosa (ainda que seus riffs finais sejam excelentes). Fiquei pensando que se tivessem deixado apenas a metade final da música ela seria bem mais interessante e poderosa. O outro clone de Black Sabbath, End of the Beginning é bem melhor. Ainda que seus primeiros três minutos sejam pura cópia, sua parte final é bastante empolgante.
Os 3 Sabbathicos com Rick Rubin

Por fim, o olhar sobre 13 como se este fosse o debut de uma banda desconhecida. Temos aqui um bom conjunto de canções, em especial no que se refere à guitarra. Iommi é o mestre, não tem jeito. Seus solos estão incríveis. Parece que foram gravados nos anos 70 e estão sendo usados agora. Além disso, ele mostra que ainda tem alguns ótimos riffs na manga.  Geezer sempre foi um dos meus baixistas prediletos e continua mostrando toda sua técnica e peso. Uma pena Bill não ter participado das gravações, mas seu substituto, Brad Wilk, fez um ótimo trabalho. Já a voz do Ozzy é só um fiapo do que era. Nem o mais die hard dos fãs pode dizer que o comedor de morcego foi algum dia um excelente cantor, mas ao menos em juventude ele tinha um vigor que os anos de abusos levaram embora. O timbre inconfundível está lá, o carisma também, mas falta um pouco de emoção em suas linhas, parece que ele está desanimado, cantando enquanto pensa nos seus problemas com a Sharon. No conjunto da obra acredito que esta "nova banda" conseguiria sim atrair alguma atenção. Não haveria tantas odes de amor ao álbum, mas tenho certeza de que arrebanhariam um número considerável de fãs e boas críticas. Principalmente devido às duas grandes músicas do cd, que são Live Forever e Damaged Soul. A primeira um vigoroso heavy metal com o melhor riff do trabalho e a segunda um delicioso blues cheio de solos e gaitas. Nessas duas músicas consegui sentir a magia Sabbathica chegando bem perto da força dos longínquos anos 70.

As três músicas bônus são todas muito boas, até é engraçado terem ficado de fora, sendo  melhores do que a maioria das "oficiais". Enquanto Peace of Mind e Pariah são faixas que conseguem remeter à fase clássica soando, ao mesmo tempo, modernas, Methademic é uma desgraceira da melhor qualidade. Interessante notar que são justamente nestas que estão os melhores momentos de Ozzy.  Acredito que se tivessem seguido nessa direção o resultado final seria bem melhor. Entretanto, é fácil entender o porquê das 3 músicas terem ficado de fora da edição "normal" do cd, elas são conceitualmente bem diferentes das demais. Essas faixas não cometem, por exemplo, o erro das anteriores, de serem mais longas do que deveriam.
Hora do chá

Resumindo:

Ao meu ver, são três os grandes problemas do álbum: a já discutida falta de empolgação de Ozzy, a duração das músicas, muitas delas são muito maiores do que deveriam, e o auto-plágio. Também faltaram alguns refrãos mais poderosos. Dear Father, por exemplo,  é uma música com ótimas guitarras, mas com um refrão que dá uma certa broxada.

E como pontos positivos: grandes riffs e solos e ... o auto-plágio! Em sua maioria as músicas dão aquela sensação de "já ouvi isso antes", mas sejamos honestos, alguém queria realmente que o Sabbath fizesse algo diferente nessa altura do campeonato? 13 não é apenas a continuação de uma discografia, é um retorno depois de mais de três décadas. Era difícil se arriscar (e acertar). Neste ponto a banda acertou o tom. Musicas com uma pegada setentista e a produção moderna. Seria irreal esperar uma evolução do BS, surgindo em 2013 como se tivesse passado apenas um ou dois anos de Volume 4.

Pensando bem, se olharmos o período entre o primeiro e este último álbum dos ingleses, muitas boas bandas de heavy metal surgiram, algumas poucas conseguiram chegar perto, menos ainda se igualaram (Iron Maiden, Metallica...talvez mais uma ou duas...), mas ninguém conseguiu superar os pais. Um Black Sabbath recauchutado e sem brilhar, muito longe do que já fez de mais incrível, é melhor do a gigantesca maioria das bandas atuais.

Álbum: 13
Artista: Black Sabbath


Lançamento: 2013

Alice in Chains - The Devil Put Dinosaurs Here (2013)

Quando foi anunciado o retorno do Alice in Chains com um novo trabalho e um novo vocalista todos os fãs experimentaram uma enorme apreensão. Poderia a banda sobreviver sem seu icônico vocalista Layne Staley? Quem poderia substituir à altura uma figura tão talentosa e carismática? O vocalista e guitarrista Willian DuVall entrou na banda e os caras tiveram com Black Gives Way to Blue um excelente recomeço. Aquele álbum foi pensado e executado como uma reapresentação da banda e do novo integrante, investindo em músicas que buscavam elementos passados e consagrados de forma bastante convincente. Desta forma, o cd de 2009 foi mais uma visita aos álbuns passados com uma roupagem nova do que uma evolução da banda, que vinha agregando novos elementos e se alterando em cada novo trabalho. A missão foi cumprida com louvor, assim eu imaginava (e esperava) que a banda voltaria à sua "metamorfose ambulante" em seu segundo álbum da nova fase. Entretanto, o que o AiC fez em The Devil Put Dinosaurs Here foi lançar uma espécie de Black Gives... parte 2.


Dá pra dividir o álbum em 3 grandes blocos distintos: As músicas pesadas, baseadas em riffs fortes de guitarra e andamentos moderados de bateria; as músicas densas e depressivas, arrastadas e com dedilhados tristes; e por fim as sempre presentes baladas. 

O cd abre com 3 pauladas: HollowPretty Done e Stone. São todas faixas muito boas, entretanto soam de forma muito semelhante entre si. É até curioso que a banda tenha escolhido colocar essas músicas em sequência, o que acaba por tirar um pouco do impacto individual de cada uma. Dá a impressão que os músicos encontraram uma fórmula e vão repeti-la até o fim. Ao ouvir esse primeiro bloco tive a impressão de que o AiC havia se tornado uma espécie de AC/DC do grunge.

Voices é a primeira balada do disco. Bem no estilo da Your Decision do álbum anterior, porém sem o mesmo frescor. Assim como a Scalpel, que tem uma pegada meio country em seu arranjo. Ambas não se comprometem e não se destacam. Perto da grande experiência em baladas da banda essas duas músicas são bastante fracas.  Já a última faixa, Choke, é de longe a música mais emocionante do trabalho. Belas melodias vocais e arranjos. Adoraria ouvi-la sendo tocada em um set acústico ao lado de Nutshell e Over Now.

A faixa título vem naquele estilo Love Hate Love, com dedilhados e climas pesados. Gosto bastante do refrão, mais pela letra do que pelo ritmo, mas também não tem nada nela que a faça ficar grudada na memória. Lab Monkey mantém a pegada sombria, com algumas partes mais agitadas e um belo solo. Se destaca mais do que a anterior e o vocal de DuVall finalmente ganha mais destaque.

Low Ceiling é a faixa mais hard rock do trabalho, sendo a única que não tem pares no mesmo. É também a que mais me lembrou os trabalhos solo do guitarrista Jerry Cantrell. Uma faixa sem muita inspiração, mas que traz um solo de guitarra muito bonito, que a faz valer a pena.

Breath on a window tem um ótimo riff e um ritmo mais rápido do que as outras do seu estilo no cd. A variação de andamento e a guitarra do final da musica tornam ela mais épica ainda. Uma das melhores do trabalho, sem dúvidas. Já Phantom Limb volta a fórmula das 3 primeiras, guitarras e bateria pesadas, tendo o melhor riff principal de todo o álbum. Esta deve ser a música com maior destaque do vocal de DuVall. Aliás, acho uma pena que ele não apareça mais. Gosto da voz do Jerry e da dinâmica das duas vozes juntas, mas o vocal mais agudo e agressivo do "novo" vocalista confere mais emoção às faixas.

Hung on a Hook é a "Down in a Hole" da vez. Aqui DuVall canta os versos de forma muito diferente e interessante, em tons baixos, para explodir nos refrãos. Do bloco das músicas mais arrastadas é a mais criativa e minha preferida.

The Devil... é mais um bom trabalho dos caras. Não é melhor do que os álbuns clássicos, e talvez nem os próprios músicos tenham a pretensão de tentar superar aqueles registros. O grande pecado do grupo foi escolher fórmulas prontas e “fáceis” ao invés de se arriscar, como a banda fazia em seus primeiros anos. O AiC de hoje é uma grande banda de hard rock, sem dúvida dentre as melhores do estilo em atividade, mas que aparentemente não consegue mais sair de sua zona de conforto. Lugar que os trabalhos com Layne nem chegaram a conhecer.


Álbum: The Devil Put Dinosaurs Here
Artista: Alice in Chains
Lançamento: 2013